Páginas

domingo, 11 de janeiro de 2015

Derrocada de Eike Batista provocou prejuízo de R$ 7,9 bilhões a bancos



A derrocada do antigo Midas brasileiro, Eike Batista, custou caro aos bancos. Até agora, o setor amarga perdas de pelo menos R$ 7,9 bilhões.


Esse montante equivale a 27% do prejuízo provocado pelo ex-bilionário na praça, que atinge também fornecedores e compradores de seus títulos de dívida.

No total, o rombo provocado por Eike chega a R$ 29,2 bilhões. Não está incluída na conta a desvalorização das ações de suas empresas.

O cálculo considerou os pedidos de recuperação judicial de quatro empresas (OGX, OSX, Eneva e MMX) e as dívidas da holding EBX.

A Folha levantou os números nas listas de credores e nos balanços das empresas. Para a holding, que tem capital fechado, a reportagem ouviu executivos próximos ao grupo. Eike e os bancos não deram entrevista.

Segundo a reportagem apurou, os bancos ainda têm esperanças de recuperar parte do dinheiro, viabilizando alguns projetos. Também vêm provisionando perdas e não há risco sistêmico.

O Itaú Unibanco é o maior prejudicado pela quebra de Eike. O banco tem pendurados cerca de R$ 2,4 bilhões no grupo. Do total, R$ 1,7 bilhão se refere a empréstimo para a EBX (no câmbio atual) e outros R$ 900 milhões estão na recuperação judicial da termelétrica Eneva, antiga MPX.

O empréstimo para a EBX se tornou uma grande dor de cabeça para os dois grandes bancos brasileiros. Itaú e Bradesco entregaram, respectivamente, US$ 900 milhões e US$ 300 milhões à EBX para adquirir uma mineradora de ouro na Colômbia.

Eike vendeu recentemente a empresa para investidores do Qatar, mas conseguiu US$ 400 milhões. Quase todo o dinheiro foi para os bancos, sem resolver o problema.

Em razão desse negócio, o Bradesco tem a receber R$ 500 milhões de Eike. O banco deu sorte, porque boa parte de seus empréstimos foi para a LLX. Dona do porto do Açu, foi vendida para a EIG e parece que é a única empresa X que vai se salvar.



SURPRESA

Os bancos brasileiros estavam relativamente tranquilos com a quebradeira de Eike. Eles escaparam do rombo da petroleira OGX, que se financiou no mercado internacional de títulos. Mas aí veio uma surpresa: a recuperação judicial da Eneva.

A termelétrica era tida como a mais saudável do grupo X, porque já estava produzindo e tinha sócios de peso, os alemães da E.ON.

Só que deu tudo errado. As usinas da Eneva não entregaram a energia contratada e os prejuízos se avolumaram. A empresa pediu recuperação judicial, com uma dívida de R$ 2,3 bilhões.

Além do Itaú, o BTG, de André Esteves, foi um dos mais prejudicados com a Eneva. A dívida de Eike com seu ex-aliado está em R$ 919 milhões –quase tudo na termelétrica.

Os bancos também sofreram com a quebra da OSX. Caixa, Santander e Votorantim fizeram empréstimos para o estaleiro.

ESCONDIDO

Esses são os casos documentados nos balanços das empresas, mas existem perdas difíceis de identificar.

Na OSX, por exemplo, quase R$ 2 bilhões foram emprestados para a construção dos navios por um pool de bancos não especificado.

Outro ponto nebuloso é uma dívida de R$ 1,3 bilhão da mineradora MMX que foi transferida para os novos donos do porto do Sudeste.

Os credores Itaú e Bradesco aceitaram prazos longos e juros baixos –na prática, um desconto. Ou seja, o prejuízo pode ser maior. 



Folha

Nenhum comentário:

Postar um comentário

VÍDEOS DE QUALIDADE PARA VC

Acidentes

OS MELHORES VÍDEOS PARA VC

Olha a hora pessoá!!!... Blog Capoeirense com notícia da hora...

PUBLICIDADE GOOGLE

Seguidores

Total de visualizações

Publicidade

Tecnologia do Blogger.

Quem sou eu

Pesquisar este blog

Teste Teste Teste

Spi

Arquivo do blog

Sport News

Moto GP News

Football News

Formula 1 News

Basketball News

Postagens populares